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Cécile Barbedette

Cécile Barbedette é formada em psicologia pela Universidade de Rennes 2 França, instituição na qual também inicia sua formação em dança contemporânea. Ela incorpora o coletivo Hanatsu (2005-2010), reunindo músicos, dançarinos, artistas visuais e assina suas primeiras criações: Accords Portés e Pao Tao. Forma-se em Dança pelo Conservatório Rennes.

Foi assistente de Anamaria Fernandes entre 2011-2014, com a qual descobriu a abordagem da companhia de dança DANA com pessoas com necessidades especiais. Ela trabalha com pessoas em situação de doença ou deficiência com as quais desenvolve criações sob várias formas (exposições, performances, peças, filmes). Sua abordagem é ancorada nos direitos fundamentais de acesso à arte e à cultura, levando em conta qualquer tipo de deficiência que não é vista como um obstáculo, mas como uma diversidade de riqueza imensurável. Paralelamente, trabalha com Leah e Lucie Rault Germon no projeto Promenades Idiotes e para Elisa O Merrer no dispositivo Boite Noire .

Participantes

Patricia Kuypers

Em meados dos anos 80, Patricia Kuypers encontra com Steve Paxton e dedica-se à improvisação e ao Contato Improvisação. As correntes de dança pós - moderna levou-a a desenvolver uma abordagem de dança onde a sensibilidade, a comunicação e a inteligência do ser estão ao centro do processo artístico. A colaboração com artistas de diferentes campos (dança, música, artes visuais e iluminação) foram motoras na criação de espetáculos, afirmando e desenvolvendo sua especificidade de improvisação na dança.

Sua experiência de transmissão e produção de performances improvisadas em lugares privilegiados que promovem a circulação entre criação e formação permitiram a preservação de sua liberdade criadora. Também ativa no campo da publicação e da escrita sobre o movimento, sobretudo na revista da associação Contredanse, da qual é fundadora, Patricia Kuypers desenvolve um pesquisa sobre improvisação em dança e "a partitura interior". Em colaboração com Franck Beaubois, sua abordagem também cruzou a questão da interatividade dança / vídeo ao vivo, especialmente nos projetos em torno do tempo de atraso e in situ no projeto em curso "Panorâmica".

Com Franck Beaubois, orienta oficinas experimentais em colaboração com um Instituto Médico Educativo do norte da França, para crianças e jovens adultos com autismo, e para seus educadores e membros da instituição.

Franck Beaubois

Franck Beaubois, artista plástico e dançarino, trabalha em diferentes projetos de improvisação, participando de formações efémeras e prolongadas. Colabora com Patricia Kuypers desde 1997, com a qual participa das peças Lest, Et ou ou, Détours, Pièces Détachées, Schieve, Container e Corps associés et actuellement le Lieu Dit – Improtopie com a cantora Géraldine Keller.

Durante 10 anos, associou-se ao projeto Brussels Tuning Band explorando o processo Tuning Score de Lisa Nelson, participando de vários laboratórios da artista.

Desde 2004, cria e programa dispositivos interativos, com a colaboração do programador Michael Egger, explorando o movimento por meio do vídeo em composições ao vivo, nas quais ele dança. Delay, Delay Versus Duo, Delay Versus Trio são algumas das criações realizadas dentro desta abordagem.

Compartilha e desenvolve uma prática de improvisação participando de formações para dançarinos profissionais e amadores, mas também educadores, crianças e estudantes de dança.

Com Patricia Kuypers orienta  oficinas experimentais em colaboração com um Instituto Médico Educativo do norte da França, para crianças e jovens adultos com autismo, e para seus educadores e membros da instituição.

 

Anamaria Fernandes Viana

Dançarina, coreógrafa e professora, obteve sua licenciatura em Dança na Unicamp, seu mestrado na Universidade de Rennes 2 na França no qual defendeu a legitimidade artística da pessoa com « deficiência intelectual severa » e doutorado em Artes Cênicas na Universidade de Rennes 2 e em Educação na Unicamp com o tema « Dança e autismo : espaços de encontro ».

Como dançarina, trabalhou com diferentes companhias no Brasil, de 1986 a 1993 – dentre os quais Totem, dirigido por Holly Cavrel; Beleléu, grupo com direção coletiva e Gira Corpus, dirigido por Oswaldo Rosa. Morou na França de 1994 a 2015, onde colaborou com vários artistas da imagem, teatro e música em diferentes projetos, dentre eles Nicolas Lelièvre, Michel Aumont e Renaud Herbin e em diferentes companhias, dentre elas La Mauvaise Tête(s), Croche Pieds e UBI. Em 2005, fundou a Companhia Dana na qual dirigiu diversas criações. No Brasil, colaborou com as companhias mineiras Quik e Palácio das Artes entre os anos 2006 e 2008.

Desenvolveu na França um trabalho de dança com pessoas em situação de vulnerabilidade, deficiência ou distúrbio mental durante 18 anos em diversas instituições. Sobre essa abordagem co-dirigiu quatro documentários, na França e no Brasil. Desde 2006 participa de conferências sobre esse tema nos dois países e em Nova York.

É professora do curso de dança da Universidade Federal de Minas Gerais.

Para mais informações: www.dansesdana.com

Benoît Le Bouteiller

Depois de trabalhar como monitor-educador e educador especializado na área da deficiência, doença e vulnerabilidade participou, entre 2002 e 2014, como diretor de estabelecimentos médico-sociais em diversas estruturas francesas. Como professor, trabalhou em vários institutos de formação no campo sócio-medicinal.

Participou igualmente da criação e do acompanhamento de formações profissionais. Dirigiu vários grupos de análises de práticas institucionais e/ou clínicas. Desde 1998, participa de diferentes grupos clínicos e pesquisas de orientação psicanalítica. Participa regularmente de seminários e congressos na França, Estados Unidos e no Brasil. Atualmente, é responsável por um centro de saúde de vícios.

É responsável de um Centro de atendimento, acompanhamento e prevenção de vícios no sul da França. Atualmente faz doutorado em Psicanálise na Universidade Paul Valéry, Montpellier. Sua tese se concentra na clínica de vícios que se baseia no encontro inter-subjetivo e nas próprias criações da pessoa acompanhada.

Anatoli Vlassov

Anatoli Vlassov é um bailarino, coreógrafo, cineasta, artista e pesquisador com dupla cultura franco-russa. Atualmente faz doutorado com bolsa de pesquisa em arte e ciência da arte na Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne. No contexto de seus estudos, desenvolveu um conceito artístico TENSER e prática performativa PHONéSIE (Manifesto Tenser publicado pela ediçõesJannink):https://www.dropbox.com/s/w46yf8j0ygx2sii/manifeste_tenser_anatoli_vlassov.pdf?dl=0~~number=plural.

Recebeu formação coreográfica profissional pelo DanceWEB (Impulstanz em Viena), EX.E.R.CE (terceiro módulo CCN Montpellier) e Transforme (Royaumont). Ele também é mestre em Sociologia (GAU Moscow) e um Master of Business Administration (ISG Paris).

Desde 2003, seu trabalho artístico gira em torno de três pólos: No contexto de Tenser, ele questiona os limites do corpo humano. Em L’envers du dehors, por exemplo, ele dança com uma câmera endoscópica, sem fio (festival no Tanzquartier em Viena e Vinzavod em Moscou, em 2012, festival Artdanthé em Paris em 2013. Ver em:  https: // vimeo. com / 59.439.831). Em CORDER, a voz se estende no gesto dançante. (Ver em:

https://vimeo.com/112951417)

.O  O filme ONDAS realizado por ele ( https://vimeo.com/64396867 ) faz parte deste contexto.

Em Tenser conjugado, ele questiona a relação da alteridade. Com nove artistas autistas, eles criam peças como TOUS para o concurso Dança expandida no Teatro da Cidade de Paris e NOUS para o festival Faits d’hivers 2014 também em Paris ( https: // vimeo. com / 90303401 ), assim como o filme OASIS (https://vimeo.com/43173446).

Com sua filha Tess Vlasov eles criam o filme DUENDE. No que se refere ao último eixo, Tenser a superfície, ele criou coreografias a partir de profissões específicas. Com a ajuda de Julie Salgues, ele coreografou um grupo de catadores de lixo na França, colarinho azul no Canadá e engraxates na Bolívia (Festival Paris Quartier d'Eté em 2004, Nuit Blanche em Paris em 2004, Nuit Blanche em Montreal em 2006 Nuit Blanche em La Paz em 2012. Ver em: https://vimeo.com/75377066). Os filmes Les Invisibles Lustrabotas 1 et 2 fazem parte deste bloco.

Victor Mendonça

Victor Mendonça, 20 anos, foi diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista) aos 11. Ele é youtuber do canal “Mundo Asperger”, onde aborda os impactos do autismo em crônicas e entrevistas bem-humoradas. É também autor dos livros “Outro Olhar – Reflexões de um Autista” e “Danielle, Asperger”. O estudante de jornalismo pelo UNI-BH é palestrante e mantém coluna semanal do Mundo Asperger na Web rádio UniBH.

No jornalismo impresso, atua como colunista e repórter da Revista Estrada da Serra, onde escreve sobre cinema, tv e celebridades e para a Revista Inclusive.com, onde faz análise da acessibilidade dos espaços culturais de BH.   Em dezembro de 2016, foi agraciado com o Grande Colar do Mérito Legislativo Municipal de Belo Horizonte, a maior homenagem do legislativo municipal. Assim, se tornou a pessoa mais jovem da história de BH, a terceira capital do país, a ter recebido essa homenagem.

Selma Sueli Silva

Selma Sueli Silva, Jornalista e Relações Públicas, diagnosticada em 2016 com a Síndrome de Asperger (TEA) é especialista em Comunicação e Gestão Empresarial. Como radialista, trabalhou nas rádios Inconfidência e Itatiaia.  Junto do filho, Victor Mendonça, organiza e participa de seminários, ministra palestras com temas voltados à inclusão, empoderamento familiar, entre outros. Produz, apresenta e mantém o canal no Youtube “Mundo Asperger”, ao lado de Victor Mendonça. É cerimonialista com experiência na apresentação de eventos – Mestre de Cerimônias.

Clóvis Domingos

Clóvis Domingos é pesquisador das Artes da Cena e professor de Teoria e História do Teatro. Doutorando em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG. Atua em diversas instituições e grupos que articulam Arte, Saúde e Diferença. Criador do projeto “Práticas de saúde e práticas de criação artística para corpos que se (re)inventam”, que vem sendo desenvolvido com diferentes redes e parcerias no Brasil. Seus temas de investigação são: poéticas da vulnerabilidade, corpo e subjetividade, pedagogias da invenção, produções do comum e multiplicações do sensível.

Mônica Maria Farid Rahme

Mônica Maria Farid Rahme é professora da Faculdade de Educação/UFMG. Suas pesquisas e publicações têm como tema os processos educacionais em contextos inclusivos. É integrante do Grupo de trabalho Psicanálise e Educação/ANPEPP, do Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a infância (LEPSI-MG) e do Observatório Internacional de interculturalidade, inclusão e inovação pedagógica.

Nádia Rodrigues de Figueiredo

Psicanalista. Trabalha no consultório desde a graduação, com grande interesse, desde o início da carreira, especialmente no autismo e psicose. Graduada em Psicologia pela UFMG (1983). Mestre em psicologia na área de Processos de subjetivação e Intervenções Clínicas sociais pela PUC (2006). Atualmente trabalha como supervisora do Semente - Serviço de Atendimento a Saúde Mental, vinculado ao plano de saúde do AGROS - Instituto UFV de Seguridade Social em Viçosa.Trabalhou com supervisão clínica institucional no Capsi (centro de atenção psicossocial infantil) em Neves ( 2009) e em Contagem (2010-2011).

Ana Angélica Albano

Licenciada em Desenho e Plástica pela Fundação Armando Alvares Penteado/SP (1972). Mestre em Psicologia da Educação pela Universidade de São Paulo (1983). Especialista em Cinesiologia pelo Instituto Sedes Sapientiae (1990) e Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (1995), Livre Docente da Faculdade de Educaçãoda Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP (2016). Atualmente é Professora colaboradora do programa de pós graduação da Faculdade de Educação da Unicamp, Pesquisadora do LABORARTE - Laboratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação da Unicamp e Professora convidada do Máster en Educación Emocional, Social y de la Creatividad del a Facultad de Educación del a Universidad de Cantabria, Santander, Espanha (desde 2012). Diretora do Museu de Artes Visuais da Unicamp (de 2014 a 2017) e Diretora Associada (2012 a 2014). Membro do Focus Group for Creativity in Education, da Fundação Marcelino Botín, Santander/Espanha (2009 a 2014) e do Imagination and Education Research Group/IERG-Simon Fraser University/Canadá (desde 2003). Implantou e coordenou projetos culturais de Iniciação Artística nas Prefeituras de São Paulo, Santo André e Diadema (de 1983 a 1997). Suas pesquisas estão focadas em Histórias de Iniciação na Arte de Artistas e de Educadores.

Angela Vorcaro

Angela Vorcaro é psicanalista e professora doutora de psicopatologia da criança no departamento de psicologia da Fafich/Ufmg. Membro do Centro Outrarte (Unicamp) e do Lepsi (Laboratório de Educação e Psicanálise).

Ciane Fernandes

Ciane Fernandes é professora titular da Escola de Teatro da

Universidade Federal da Bahia e uma das fundadoras do Programa de
Pós-Graduação em Artes Cênicas desta universidade, mestre e Ph.D. em
Artes & Humanidades para Intérpretes das Artes Cênicas pela New York
University (1995), Analista de Movimento pelo Laban/Bartenieff
Institute of Movement Studies (New York - 1994), de onde é
pesquisadora associada. É fundadora, diretora e performer do Coletivo
A-FETO de Dança-Teatro da UFBA desde sua fundação, em 1997.

www.cianefernandes.pro.br (Foto: Rosane Andrade).

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